quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Seguda semana

Leia escutando, se gostar: Ministério Zoe - Nunca Foi Sobre Nós
           Acho que Deus marcou um zero na minha vida esses dias. Não sei especificar a data porque eu só descobri isso hoje. Mas vamos começar do começo.
           Eu entrei nessa escola muito louca que se chama ETED, da JOCUM.(joga esses nomes no google que tu vai ter uma ideia da loucura). Como sou uma pessoa bem normal eu cheguei aqui cheia de expectativas, achava que ia chegar aqui e aprender mais coisas do Reino de Deus e essas coisas. Mas, socorro, cada aula é um murro no peito. Acho que nunca mais saio da sala de aula sem ter chorado, nem que seja um pouco. E olha que eu não sou de chorar. Todas as aulas giram em torno de termos um relacionamento com o Pai, então vai muito além da sala, eu tenho que sentar em algum canto no meio do dia e conversar com Ele pra poder entender o que foi ensinado.
           Vamos voltar ao ponto zero então? Vamos. Preciso escrever sobre uma aula que eu tive essa semana, se não eu vou enlouquecer, de verdade! Todo mundo sabe que o nosso tempo não é o tempo de Deus, certo? Deus é um cara atemporal, pra Ele não existe começo ou meio ou fim. Uma ilustração que nosso professor utilizou foi, com as minhas palavras e exemplos: "Se eu estou escrevendo a seguinte história: "Maria tomou um gole no seu café" Paro ai, levanto, tomo um ar, vou fazer xixi, quando volto escrevo: "e continuou contando sobre seu dia à Joana" Existe um intervalo na história? Não. Esse intervalo só existiu para o escritor, pois, para a história, o escritor é atemporal. E assim é Deus conosco." CARA, isso deu um nó maneiro na minha cabeça (desculpa as gírias, mas não sabia como expressar na norma culta). Isso quer dizer, também é um exemplo do professor, que somos um livro lido duas, três, quatro... vezes por Deus. Ele sabe o que aconteceu conosco, sabe nossos passos e sabe nosso fim. Mas uma coisa muito linda nEle é que somos aquele tipo de história que pode ser editada ainda. Nosso passado pode não afetar mais o nosso presente. Nosso futuro pode estar em constante mudança e transformação. Só nos basta reconhecer o marco zero que Ele fez em nossa vida. Quando Jesus veio a terra, Ele marcou um zero na linha temporal, tudo virou antes de Cristo ou depois de Cristo. E assim é na nossa vida. Ela tem que ser marcada por Jesus. Tudo deve ser antes de Cristo e depois de Cristo. O mais barato dEle é que Ele não veio à terra pelos que ainda estavam vivos ou pelos que iriam nascer, e sim por TODOS, isso inclui os que vieram antes dEle. Ele vem e apaga o passado. Apaga nosso erro, e com isso as consequências desse erro em Seu coração. Já não somos mais escravos do passado. Não somos reféns do nosso erro antigo. Não somo mais marcados pela podridão do pecado. Nosso passado já não existe mais. Isso é lindamente denominado de Amnésia da Graça. Porque, Deus, com Sua  infinita graça esquece todos nossos erros e transgressões. Cabe a nós não termos Amnésia da Misericórdia. Que jamais esqueçamos o quão difícil foi nos perdoar, o quão dolorido foi, e o quão não merecedores nós somos. Nosso futuro, agora, depois de Cristo precisa ser ligado a Ele.
         Nesse emaranhado de coisas que estão circulando na minha mente, eu me despeço. Talvez um dia eu volte e arrume esse texto, talvez ele deva ficar assim, ou sei lá, é só viagem da minha cabeça. Mas eu agradeço a esse Deus majestoso.

Se quiserem conhecer esse professor massa que eu falei: CÉSAR BELIENY

domingo, 29 de janeiro de 2017

Deus

Não consigo 
Me ajuda Pai
Faz morada 
No meu coração
Quero ter uma vida
Inteira ao seu lado
Me toca me mostra
Como ser melhor 
Eu me entrego e 
Tu me levas pelo caminho que projetou para mim 
Conectados o Senhor me guia nessa estrada difícil 
Vivendo o seu imenso amor transbordante amor
E na tentativa do meu coração de bater por 
Ti o tanto que o Seu bate por mim por nós 
Agradeço e amo 
Teu sacrifício 
Por mim por todos
Louvo tua face
Que um dia ainda
Verei e adorarei
Estaremos meu Pai
Finalmente juntos 
Para sempre e sempre
Tenho fé na Tua 
Verdade e com Tua 
Graça me invades 
Todos os dias
Renovando meu ser
Fluindo em mim
Como um rio de 
Águas Vivas


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Em memória

     Você já teve uma ideia genial e esqueceu logo em seguida? Talvez ela não fosse tão genial assim. Ou até fosse mas devesse ficar somente no campo das ideias. Eu sempre tenho esse tipo de ideia. Geralmente isso acontece no ônibus onde eu não consigo nem ler o que me mandaram no whatsapp sem ficar tonta. Ou no banho onde tudo é água e eu não possuo condições de comprar papeis à prova d'água (pasmem, isso existe e foi criado especialmente para essas ocasiões).
     Hoje eu tive uma dessas ideias. Seria um texto que mudaria a vida de toda a população do mundo. Iria revolucionar a vida das pessoas. Um texto que iria concretizar a tão sonhada paz mundial. Extinguiria para sempre as topadas com o dedo mindinho na quina dos móveis. Um texto que acabaria de vez com o degelo das calotas polares. Endireitaria todos os quadros pregados na parede, nunca mais teríamos que ver um quadro na diagonal. Um texto que eliminaria de uma vez por todas a desigualdade social.
     Como eu esqueci completamente sobre o que era esse texto eu vim aqui escrever sobre um texto que jamais existirá. Posso colocar aqui que ele seria tudo isso mesmo, não tenho como provar mas tenho completa convicção (não podia deixar passar essa piadinha). Fica aqui então um texto in memoriam de todos os textos que eu já esqueci de escrever.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Silêncio?


Faz tanto silencio aqui que eu consigo escutar meu coração pulsando, meu sangue correndo pelas minhas veias, o ar entrando e saindo pelas minhas narinas, meus pulmões enchendo e esvaziando e enchendo e esvaziando e enchendo e... A ponta do lápis sobre o papel parece uma britadeira, consigo saber de onde vem e para onde vai qualquer carro que passe na rua agora, ouço os insetos lá fora. Nunca fui boa em identificar qual bicho faz cada som, tirando os miado, latido, mugido e cacarejo tradicionais, mesmo assim eu sei que não é só uma espécie de inseto cantando e sei que estão espalhados por todo lugar. Sei quando a vizinha de baixo está procurando algo, ouço as portas e gavetas abrindo e fechando constantemente. Vejo quando ela acha o que procurava ou desiste da procura, ouço o bater da escova de dentes recém usada na pia do banheiro. Parece ser tão perto quanto o banheiro ao lado do meu quarto. Agora são os cachorros que latem em resposta ao primeiro que latiu, ou quem sabe à um gato que está passeando essa hora da madrugada. Mas o único barulho persistente é o dos insetos, será que algum dia vou conseguir distinguir um do outro? Ou vou continuar falando que ouço grilos cricrilando? 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Choveu

Choveu.
Hoje foi o primeiro dia que eu percebi que choveu.
Tem chovido há muito tempo.
Mas só hoje eu a senti.
Aquelas gotas pesadas nos meus ombros.
Aqueles pingos gelados nas calças jeans.
Aquele chuvisco insistente nos óculos.
Eu sabia que chovia.
Mas de alguma forma eu não percebi.
Talvez porque antes eu estivesse bem protegida.
Ou porque ela ainda não tinha caído sobre mim.
Ou, talvez, porque eu não tinha olhado direito.
Quando você sai da sua zona de conforto esse tipo de coisa acontece.
Chove na sua cara.
Chove uma chuva que sempre choveu.
Uma chuva que você não estava preparada pra encarar.
Deus já tinha me avisado dessa chuva.
De um jeito que só Ele faz.
Outro dia Ele me falou ao pé do ouvido:
"Leva um guarda-chuva para não se molhar tanto."
Eu me molhei, mas não tanto.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Muito prazer, eu.

Para me conhecer você precisa tirar os sapatos, pegar um livro e se sentar confortavelmente.
Você vai descobrir que eu não falo muito (bom, falo razoavelmente), por isso o livro, para os momentos de silêncio. Eu gosto de silêncios. Gosto quando tem uma conversa animada e de repente todo mundo fica quieto. Eu sei que a pessoa está pensando exatamente o mesmo que eu. Dependendo da pessoa, ou estamos enlouquecidos pensando em assuntos pra acabar com o silêncio agoniante e desesperador ou estamos pensando na conversa, refletindo as descobertas e formando novas opiniões. Tenho pra mim que a amizade perfeita é aquela onde as duas partes sabem o momento certo de praticar o silêncio.
Você vai descobrir que eu gosto muito de escrever. Se você abrir minha bolsa vai achar meu lápis bege preferido, uma borracha que sempre some e vários caderninhos fofos. Meu quarto, então? Está cheio de folhas soltas com coisas escritas. Quando eu decido escrever pego o primeiro papel que acho e depois largo em algum canto. Pra mim escrever é me entender. Se eu não escrever passo meus dias sem sentido algum. Pra mim o que importa é o processo de escrita. Primeiro eu escrevo várias coisas sem sentido, depois que entendo o que quero, escrevo até não caber mais no papel. Então, pego outro.
Você vai descobrir que amo ficar descalça. Amo sentir aquele chão enorme debaixo dos meus pés. Sapatos limitam essa nossa capacidade de sentir. Pode ter certeza que se eu fiquei descalça, por vontade própria, na sua casa, é porque eu me senti em casa.
Você vai descobrir que toda vez que eu sinto uma brisa no rosto ergo a cabeça e fecho os olhos, isso porque eu acho que é Deus me dando um beijo carinhoso na testa. Vai descobrir que eu gosto de dançar em lugares públicos sem nenhum motivo aparente e sem nenhuma música tocando. E sem saber dançar, vale lembrar. Vai descobrir que eu tenho preguiça de lavar o cabelo. Que eu entro no chuveiro só pra lavar os pés antes de dormir, por causa daquilo dos pés descalços. Que quando eu amo muito alguém eu gosto de falar isso o tempo todo e apertar muito.
Você vai conhecer uma pessoa comum que tem manias, qualidades e defeitos. Que lutou muito contra si mesma, mas que descobriu que o melhor que poderia fazer é ser ela mesma.
Muito prazer, eu sou eu, finalmente.